Decorreu ontem, dia 17 de abril, no Salão Nobre da Câmara Municipal, a primeira sessão de apresentação e reflexão conjunta sobre os projetos de requalificação e modernização do Mercado Municipal. Foram convidados pelo Município a estarem presentes para conhecer as propostas e serem ouvidos em diálogo direto todos os Operadores de Praça.
Na primeira parte da sessão foi apresentado o projeto de execução de obra para a renovação das infraestruturas na Rua Dadrá, em Castelo Branco, uma das vias de acesso à zona lateral e de estacionamento do Mercado Municipal. Os Serviços Municipalizados estão a levar a cabo várias obras de renovação e ampliação das suas infraestruturas no concelho de Castelo Branco, das quais esta requalificação faz parte, no valor de 137.128, 72€, a iniciar em breve.
Obra já anteriormente anunciada pelo presidente da autarquia, Leopoldo Rodrigues, que aproveitou para esclarecer que “esta intervenção estará muito dependente daquilo que se encontrar por debaixo da via e do tempo que fizer, uma vez que se prevê a necessidade de fazer uma vala com cerca de 4 metros de profundidade. Por ser uma intervenção complexa e que exige algum tempo de execução, existirão dias mais difíceis, sobretudo aquando dos abastecimentos, cargas e descargas da Praça, daí que tenhamos chamado as pessoas para falar diretamente, não só para apresentar o projeto, mas também para os ouvirmos e encontrar soluções que evitem crises e atrasos na obra”.
Pode acontecer, no entanto, que não seja necessário fechar a rua em nenhum dos dias, tendo a empresa encarregada comunicado que terá em consideração os dias e horários em função das necessidades da Praça, para o que o Município preparou um plano de comunicação. Para os transeuntes, porém, a rua estará, em princípio, transitável a todo o momento, uma vez que a intervenção dos passeios decorrerá, primeiro de um dos lados, só depois se intervencionará o outro lado do passeio.
Na segunda parte da sessão, foram apresentados um conjunto de procedimentos necessários para iniciar uma nova fase do Mercado Municipal. A intervenção de grande fundo, a mais longo prazo, terá lugar no enquadramento de um plano mais alargado de requalificação do espaço albicastrense. Outras medidas que já têm execução prevista para breve terão um impacte mais pontual, são problemas imediatos.
“O objetivo é alavancar e trazer mais vida ao Mercado Municipal com um conjunto de projetos que estão em construção, não é algo que se possa mudar do dia para a noite. Um dos pormenores com que pretendemos avançar, que consideramos um “pormaior”, é o alargamento do horário, passando a encerrar por volta das 19h diariamente, podendo ir além das 14h nos sábados, possibilitando que o negócio seja rentável para quem se estabeleça na Praça, mas também porque percebemos que há público que o justifique. Damos tempo às pessoas que saem de um emprego e necessitam de tempo para se deslocarem, chegar e comprar, sem que o tenham de fazer a correr ou desistem porque está quase a fechar. Precisamos de atrair esta faixa etária mais jovem e ativa para este espaço central”, salientou a Vereadora Patrícia Coelho.
Outro dos primeiros assuntos a resolver estará relacionado com o estacionamento. Permitir estacionamento gratuito, por exemplo, para os utentes que apresentem comprovativo de compras na Praça, foi uma das propostas que emergiu do diálogo entre trabalhadores e decisores durante a sessão, a par de se equacionar a hipótese de alargamento desse espaço. Além deste, outros assuntos foram apresentados e acolhidos como pertinentes, tais como a necessidade de se reforçar o sistema de recolha de resíduos e reciclagem, bem como a existência de um multibanco no edifício.
A intervenção no Mercado Municipal vai decorrer em duas fases, uma primeira de investigação acerca das medidas mais adequadas para organizar o espaço e torná-lo mais apelativo, também quanto às condições dos trabalhadores. E uma segunda fase que será dedicada às obras no edificado, limpeza, arranjos, condições técnicas, fachadas, pinturas.
A recente chefe de Divisão responsável por este setor, Susana Farinha, após uma inicial prospeção e reconhecimento das pessoas e das necessidades, está já a tomar conta das comunicações e pedidos que lhe têm sido transmitidos pelos Operadores de Praça nesta fase. Para a responsável municipal, “as regras terão de ser iguais para todos, especialmente na utilização dos arrumos, uniformizar os cartões de acesso, tratar alguns destes espaços de arrumação como espaços a que é possível dar vida. Nesse sentido, estamos a tratar de alterar a cave para que passe a ter esse uso, existem carrinhos e elevadores que facilitam essa alteração.”
As próximas duas a três semanas da primeira fase vão privilegiar o arranque de um plano de divulgação, através de redes sociais dedicadas ao Mercado Municipal, com profissionais adstritos a essa tarefa, que estarão no terreno e passarão a fazer parte da dinâmica do espaço, por exemplo, com registo fotográfico e de comunicação estratégica, com o objetivo de divulgar aquilo que há na Praça, chamar pessoas, aumentar o negócio, ouvir sugestões e dar resposta às necessidades com proximidade.