A Aliança Norte da Extremadura e Beira Baixa foi formalmente constituída ontem, dia 19 de junho, em Moraleja, Espanha, com a presença de mais de 150 pessoas, entre autarcas dos dois países, entidades, associações, coletivos empresariais e grupos de desenvolvimento de Espanha e Portugal, com o objetivo de dar impulso à construção do troço em falta da autoestrada entre Moraleja e Castelo Branco no enlace internacional Lisboa-Madrid, pelo Norte de Extremadura e Beira Baixa.
Leopoldo Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, reforçou a motivação que o impulsiona a unir forças para reivindicar a conclusão dos 72 quilómetros (de um total de 600 quilómetros) de ligação por autoestrada entre Lisboa e Madrid, isto é, a construção do IC31, ligação entre a A23 e a fronteira das Termas de Monfortinho, salientando que “aquilo que reivindicamos é igualdade de oportunidades, uma Europa una, desenvolvida, sendo que há, efetivamente, coragem por parte daqueles que vivem nestas regiões de baixa densidade, porque persistem em viver nestas localidades e em desenvolvê-las, em dar o melhor em prol da coesão territorial e deste objetivo de completar os 10% que faltam da ligação, que não apenas une as duas capitais peninsulares, pelo meio há este nosso território e, nele, as pessoas que anseiam há muitos anos pela conclusão deste projeto e pela valorização que ele significa.”
Com este momento ficam definidos como objetivos prioritários:
- reivindicar junto das Administrações Públicas da Extremadura e de Portugal que iniciem o mais rapidamente possível as obras pendentes na autoestrada entre Moraleja e Castelo Branco;
- exortar os Governos de Portugal e Espanha, à Junta de Extremadura e às Administrações Locais da Extremadura, o resto de Espanha e dos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Santarém e Guarda a apoiarem o início dos trabalhos da ligação da autoestrada de Moraleja a Castelo Branco;
- construir uma aliança forte e estabelecer compromissos efetivos com a sociedade civil, associações, organizações empresariais e sociais e Administrações Locais, para dar visibilidade a todo o território, localidades, concelhos, províncias e distritos deste novo eixo, como destino de atração de empresas, emprego de qualidade, turismo sustentável e luta contra a desertificação, no âmbito da promoção do Oeste Peninsular;
- pedir aos Governos de Portugal e Espanha que nas Cimeiras Ibéricas anuais incluam na agenda de reuniões o desenvolvimento deste novo eixo internacional com todo o tipo de infraestruturas viárias, tecnológicas, turísticas, culturais, formativas, de emprego e de fixação de entidades nacionais, ibéricas e internacionais.
“Um novo Oeste como destino para viver, visitar e investir”, reivindica o porta-voz do movimento civil Alianza Territorial Europea, Francisco Martín, adiantando que pedirão ao governo regional que, nos próximos Orçamentos de 2025 incluam 50 milhões de euros para a primeira fase.
No II Encontro Ibérico, que terá lugar no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), no próximo dia 21 de outubro, serão aprovados os Estatutos e a Junta Diretiva/Conselho de Administração desta Aliança.