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Aeródromo Municipal de Castelo Branco com novo hangar da TRMK Aeronautics num investimento de 1,34 milhões de euros

04 dez, 2024

O Aeródromo Municipal de Castelo Branco foi palco, esta terça-feira, 3 de dezembro, da cerimónia de lançamento da primeira pedra do novo hangar da TRMK Aeronautics.
Trata-se de uma Unidade de Manutenção e Desmantelamento de aeronaves da empresa Dassault Aviation Business Services (DABS), que representa um investimento privado de 1,34 milhões de euros e que tem conclusão prevista até maio de 2025.
De acordo com Hugo Oliveira Ribeiro, Diretor Executivo da TRMK Aeronautics, este projeto “vem mudar o paradigma do sector aeronáutico em Portugal e, em particular, neste concelho”, pois “abre um conjunto de oportunidades a novos fornecedores”, como carpintarias, serralharias, gestão de resíduos, combustíveis, e também oportunidades ligadas à formação, com a realização de estágios.
A nova estrutura terá 1.200m2 de hangaragem e 240m2 de área útil de armazém, permitindo duplicar a atual operação da TRMK Aeronautics em Castelo Branco e possibilitando fazer, em simultâneo, a manutenção de 2 aviões a jato Falcon e executar 6 projetos anuais.
A TRMK iniciou a parceria com a Dassault Aviation desde o início de 2024, fazendo a manutenção das suas aeronaves num hangar protocolado entre a Câmara Municipal e o Aeroclube da cidade. A empresa escolheu Castelo Branco pela “centralidade geográfica ao nível da Península Ibérica, com autoestrada que facilmente nos liga a Lisboa e a Madrid, as excelentes acessibilidades e a capacidade instalada no Aeródromo”, justificou Hugo Oliveira Ribeiro.
Leopoldo Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, destacou igualmente a posição geográfica e “a encruzilhada positiva de vias de comunicação” que “afirmam Castelo Branco como espaço de excelência para estar, intervir, investir e promover desenvolvimento”.
O Autarca considera este dia, em que se lança a primeira pedra do novo hangar, como um “dia significativo e feliz”, pois “vê concretizado mais um investimento”, “os albicastrenses veem nascer mais uma empresa que se afirmará e que será motivo de atração de outras empresas” e marca, também, uma “nova etapa no desenvolvimento do Aeródromo Municipal”, com os investidores privados a “verem um espaço que lhes permite desenvolver projetos”.
Até então, “todo o investimento feito no Aeródromo Municipal foi por recursos próprios do Município ou por recursos mobilizados pelo Município, mas de financiamento público nacional ou europeu”, referiu Leopoldo Rodrigues, acrescentando que “acredita que o Aeródromo Municipal será, num futuro próximo, extraordinário para o desenvolvimento, atratividade e projeção de Castelo Branco”.
Entre as principais condições que caracterizam o Aeródromo Municipal, o Autarca destaca “a pista de aproximadamente 1.500 metros, o espaço aéreo pouco saturado e as condições climatéricas que são propícias à realização de voo quase todos os dias do ano”.
Além disso, “a proximidade com a linha de caminho-de-ferro permite criar, a partir deste lugar, um terminal ferroviário para promover um espaço de mercadorias” e “a proximidade da A23 que, acreditamos muito em breve, nos permitirá uma ligação ainda mais rápida a Madrid através da construção do IC31 em perfil de autoestrada” proporciona a atração de turistas.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, os parceiros do Cluster Aeronáutico (entidade recentemente criada que ambiciona consolidar uma ligação entre entidades, parceiros e empresas para afirmar e alavancar o setor na região) são “fundamentais para responder à enorme necessidade de quadros qualificados”.
O IEFP de Castelo Branco é uma das entidades pertencentes ao Cluster Aeronáutico, e Jorge Diogo, Diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Castelo Branco, frisou, no seu discurso, que se pretende “criar oportunidades de melhoramento de competências”, estando a reunir-se esforços para “a criação de uma secção que dê formação técnica, replicando o que já está a acontecer noutras unidades do IEFP”, como em Setúbal e em Évora. Os principais objetivos são “formar profissionais altamente qualificados e contribuir para o desenvolvimento económico e tecnológico da região”.