A Sinfonietta de Castelo Branco, sob a direção do maestro Bruno Cândido, apresenta um concerto integrado nas comemorações dos 250 anos do nascimento de Domingos Bomtempo.
Sinfonia n.º 91 de Franz Joseph Haydn (1732-1809).
Haydn foi uma das figuras mais influentes da composição clássica, conhecido como o “pai da sinfonia” e o “pai do quarteto de cordas”. Embora não tenha criado essas formas, consolidou a sua estrutura formal ainda usada hoje. Estudou com mestres como Carl Philipp Emanuel Bach e trabalhou para aristocratas da época, como é o caso da família Esterházy. A Sinfonia n.º 91, composta em 1788 e dedicada ao conde d’Ogny, integra uma série encomendada após o sucesso das Sinfonias de Paris (1785-1786). Essa série encomendada é composta pelas sinfonias 90, 91 e 92, as quais estão interligadas e antecederam a viagem de Haydn a Inglaterra. A Sinfonia 91 tem quatro andamentos: Largo – Allegro assai, Andante, Menuet – Trio e Finale – Vivace.
Sinfonia nº 1 em Mib Maior Op. 11 de João Domingos Bomtempo (1775-1842). Começou por estudar música com o seu pai, o primeiro oboé da orquestra real, músico italiano que estava ao serviço da corte de D. José I. Bontempo mudou-se para Paris e depois para Londres, onde alcançou fama como pianista e compositor. A sua primeira composição, cujo manuscrito encontra-se na biblioteca da Ajuda, intitula-se “Grande Sonate pour le Piano Forte, composée et dediée à Son Altesse Royale Ia Princesas de Portugal” e trata-se de uma sonata dedicada a D. Carlota Joaquina. Os primeiros anos de carreira Bomtempo foram um período ainda de estudo e iniciação, nos quais o compositor manteve uma convivência regular com Filippe Libon, renomeado violinista residente em França. É no ano de 1809 que surge a sua sinfonia para orquestra, estreada em Janeiro de 1810. Nesta Sinfonia encontram-se fortes influências da música de Haydn e Mozart e, à semelhança da obra de Haydn é composta por quatro andamentos: I. Largo – Allegro vivace, II. Minuetto, III. Andantino sustenuto e IV. Presto.